ReinoAnimalia
FiloChordata
ClasseActinopterygii
OrdemClupeiformes
FamíliaClupeidae
Género
Espécie

Alosa alosa

Linnaeus, 1758
Sável
Estatuto de Conservação: EN - Em Perigo
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O corpo é comprimido lateralmente, bastante alto, e a cabeça é curta e alta, triangular e comprimida. A barbatana dorsal está situada ao nível das ventrais, sendo um pouco mais comprida do que estas. Apresenta cor azul, cabeça acastanhada com um tom dourado no opérculo e os flancos prateados. Mede geralmente entre 30 a 50 cm, podendo atingir os 70 cm de comprimento máximo.

Espécie pelágica (até aos 300 m de profundidade) migratória que vive no mar até atingir a fase adulta. Para se reproduzir procura rios de maiores dimensões e de corrente moderada. Os juvenis permanecem próximos da costa e dos estuários, migrando para meio marinho em zonas ricas em plâncton. Em água doce, as larvas alimentam-se de zooplâncton e de larvas de dípteros. No mar, os adultos alimentam-se também de outros peixes mais pequenos, para além do zooplâncton. A migração decorre entre Março e Julho e a reprodução entre Maio e Julho. A desova ocorre no leito do rio, a profundidades inferiores a 1,5 m, em fundo arenoso ou de cascalho.

Distribui-se pela costa Atlântica, do norte da África até a Escandinávia, e partes ocidentais do Mediterrâneo. Actualmente, é uma espécie rara na Europa do norte e ilhas Britânicas, sendo considerada extinta em alguns rios europeus. Em Portugal continental ocorre nas bacias hidrográficas dos rios Minho, Lima, Vouga, Mondego, Tejo e residualmente no Guadiana, sendo que as populações têm vindo a decrescer drasticamente.

Onde se pode encontrar:
As ameaças prendem-se com a fase continental do seu ciclo de vida, entre as quais se destacam:
> Construção de barragens (alteram as zonas de desova ou impedem o seu acesso)
> Alteração do regime natural de caudais
> Poluição
> Exploração de inertes
> Sobrepesca
Espécie abrangida pela legislação nacional e internacional de conservação.

> Implementação de passagens para peixes, para permitir o acesso da espécie às zonas intermédias e superiores das bacias hidrográficas, onde ocorre a desova
> Efectuar a reabilitação dos locais de reprodução habituais
> Controlo da poluição e da extracção de inertes
> Restabelecimento dos regimes hidrológicos naturais
> Gestão sustentada da pesca
> Monitorização das populações existentes
> Campanhas de sensibilização do público em geral e das comunidades piscatórias ribeirinhas, para a importância da sua conservação
Mais sobre esta espécie nas ligações seguintes:
Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (2005)
Disponível no portal do ICNF
Plano Setorial da Rede Natura 2000 - Fichas de caracterização ecológica e de gestão das espécies de peixes constantes do Anexo II da Diretiva Habitats
Disponível no portal do ICNF
Autor: MVBIO
Descrição Habitat Distribuição Multimédia Ameaças Conservação