Triops vicentinus
Korn, Machado, Cristo & Cancela da Fonseca, 2010Trata-se de um crustáceo de água doce, considerado um “fóssil vivo”. De entre as suas características, destaca-se a carapaça castanho-alaranjada (esbranquiçada e translúcida nos juvenis) em forma de elipse incompleta, que pode atingir os 7 cm (máx.). A carapaça das fêmeas é maior, mas a dos machos é mais larga, arredondada e achatada. Tem três olhos (2 olhos compostos + 1 olho naupliano) e, aproximadamente, cinquenta pares de apêndices (patas), denominados toracópodes, com funções de locomoção, respiração e nutrição. Nas fêmeas, o 11º toracópode de cada lado do corpo é ligeiramente modificado, formando uma bolsa para albergar os ovos/embriões (cistos). O abdómen é constituído por vários segmentos, terminando numa “cauda” bifurcada, constituída por um par de cercópodes. Tem fecundação interna. A fêmea pode ser fecundada diversas vezes ao longo da sua vida adulta, podendo também realizar várias posturas. Os ovos – designados cistos – são esféricos e vermelho-acastanhados, sendo resistentes à dessecação.
Trata-se de uma espécie endémica do extremo sudoeste de Portugal continental, que se distribui desde o concelho de Vila do Bispo até Faro.
> Uso de pesticidas/herbicidas em terrenos agrícolas onde existam charcos temporários mediterrânicos
> Sensibilização dos agricultores e proprietários de terrenos agrícolas para a não utilização de pesticidas/herbicidas em terrenos onde existam CTM
> Sensibilização das comunidades locais para o valor ecológico dos CTM, assim como a importância da sua preservação