Leptidea sinapis
(Linnaeus, 1758)Trata-se de uma borboleta delicada, com cerca de 30 mm de envergadura. Asas alongadas; as anteriores têm o ápice visivelmente arredondado, têm fundo branco e apresentam uma mancha apical acinzentada; as asas posteriores podem apresentar manchas de matiz amarelo-cinza, a face inferior varia entre o branco e o acinzentado, conforme o nível de pigmentação. O dimorfismo sexual é pouco acentuado; a fêmea da geração estival é praticamente branca, sem ornamentações; o macho exibe uma pinta na asas anteriores. O corpo é esbranquiçado e os olhos claros, de tom esverdeado, pintalgados de preto. As antenas são do tipo claviforme, de padrão zebrado, constituídas por segmentos brancos e o pretos, sendo o segmento terminal negro com uma pinta alaranjada na ponta. Voa de Março a Setembro. É uma espécie bivoltina (duas gerações). A lagarta é verde e possui finas linhas brancas longitudinais, bem visíveis nos flancos. A crisálida é verde-amarelada, com bandas laterais amarelas ou vermelhas. O ovo é alongado e esbranquiçado, avermelhando à medida que amadurece.
Ocorre em diversos tipos de habitat, preferencialmente em clareiras de bosques, galerias ripícolas, matos e prados, até aos 1500 m de altitude. Utiliza várias espécies de leguminosas como plantas hospedeiras (e.g. Lathyrus spp., Lotus spp., Vicia spp.), das quais a lagarta se alimenta.
Em Portugal continental distribui-se por todo o território, sendo mais frequente a norte do rio Tejo e menos comum no Alentejo interior.
> Incêndios florestais
> Prevenção de incêndios florestais
> Incremento dos estudos cartográficos com vista ao aumento do conhecimento acerca da distribuição da espécie (sobretudo no sul do país)