Lestes dryas
Kirby, 1890Trata-se de uma libelinha que atinge os 40 mm e os 25 mm de envergadura. O macho tem a cabeça esverdeada e os olhos vão do castanho ao azul garrido; o corpo (tórax + abdómen) é verde com reflexos metálicos, à excepção do segundo segmento abdominal (S2), parcialmente azulado. As asas são transparentes com pterostigmas rectangulares negros, de margem esbranquiçada. O macho adulto tem manchas pruinosas, azul-esbranquiçadas, no tórax e nos segmentos terminais do abdómen. Sendo muito semelhante à Lestes sponsa, diferencia-se desta pelo seu maior tamanho e robustez. Além disso, na L. sponsa a pruinosidade cobre totalmente o S2 do abdómen, podendo estender-se ao S1. A fêmea é semelhante ao macho; o ovipositor ultrapassa o décimo segmento abdominal (S10), ao contrário do que acontece na L. sponsa. As patas são acastanhadas, quase negras. Voa entre Abril e Setembro.
Ocorre em sistemas lênticos, preferencialmente em águas paradas, tais como lagoas ou charcos temporários.
Em Portugal continental distribui-se de uma forma fragmentada. Ocorre sobretudo no norte do território nacional, atingindo os 1600 m de altitude. Também ocorre, com alguma frequência, no Barlavento Algarvio.