Libellula fulva
Müller, 1764Trata-se de uma libélula de médio porte que pode atingir os 45 mm de comprimento. Os olhos são azuis-acinzentados, por vezes cor-de-tijolo nas fêmeas. O macho tem o tórax escuro, por vezes negro, e coberto de pêlos. O abdómen é azul claro, escurecendo a partir do segmento S8 (por vezes a mancha escura prolonga-se pelos segmentos anteriores). Nas asas apresenta manchas basais negras, menos pronunciadas que as das espécies congéneres; a base das asas é âmbar; alguns machos podem apresentar uma mancha escura no ápice de cada asa. Na fêmea, tanto o tórax como o abdómen são alaranjados. A mancha negra na zona terminal do abdómen é mais pronunciada e estende-se ao longo dos segmentos abdominais anteriores, formando uma linha dorsal preta. A mancha escura apical em cada uma das asas está sempre presente. Tanto o macho como a fêmea têm pterostigmas pretos. As patas são negras. Os machos imaturos são alaranjados, tal como as fêmeas. Voa de Abril a Maio.
Ocorre, principalmente, em sistemas lênticos, tais como lagos e lagoas, onde pousa na vegetação envolvente. Prefere zonas sem vento.
Em Portugal continental ocorre em zonas costeiras, desde o nível do mar até aos 60 metros de altitude, sendo que as suas populações se encontram muito localizadas. A Barrinha e a Lagoa de Mira (Ria de Aveiro) são dois dos locais onde esta espécie pode ser avistada.