Lucilia sericata
(Meigen, 1826)A mosca-verde comum é uma das varejeiras habituais de ambientes onde exista carne, fezes e lixo. Na realidade, esta espécie preenche um elo importante na cadeia trófica, competindo-lhe eliminar animais feridos e cadáveres. E, nessa medida, convoca uma atenção particular no quadro da saúde animal e da conservação de alimentos. Constitui também um importante auxiliar da ciência forense pois, pela idade das larvas que se encontram nos cadáveres, pode deduzir-se o momento da morte. O imago (8 a 10 mm) destaca-se pelo corpo verde iridescente de brilho metálico e coberto de pelos negros, assim como pelos olhos vermelhos cor-de-vinho; as asas são hialinas. As fêmeas podem pôr até 3000 ovos em lotes de 100 a 300. As larvas são acéfalas. Estas moscas completam a alimentação proteica que encontram nos exsudados dos tecidos animais com hidratos de carbono dos néctares florais. É, pois, comum encontrar moscas-varejeiras a visitarem flores, pelo que participam na polinização, sendo consideradas como polinizadoras.
Ocorre numa vasta gama de habitats, sempre que exista carne em putrefação, fezes ou lixo. É frequente em explorações agrícolas e outros ambientes humanizados.
Trata-se de uma espécie cosmopolita no hemisfério norte, mas que também ocorre no hemisfério sul. Em Portugal encontra-se amplamente distribuída por todo o território, tanto o continental como o insular.