Melitaea phoebe
(Denis & Schiffermüller, 1775)Trata-se de uma borboleta de asas dentadas, que atinge os 45 mm de envergadura, sendo a fêmea, geralmente, maior e mais arredondada. A face superior das asas é variegada, de padrão axadrezado alaranjado com pintas negras, com fímbrias axadrezadas, brancas e pretas; a face inferior é matizada, constituída por um padrão creme, alaranjado e negro. Corpo escuro na zona dorsal e esbranquiçado na zona ventral; olhos escuros. Antenas claviformes de padrão zebrado, em que os segmentos alternam entre preto e branco, sendo o segmento terminal negro e de extremidade alaranjada. Voa de Abril a Setembro. A lagarta é negra e espinhosa; gregária, hiberna em grupo. A crisálida vai do creme ao castanho-escuro, com diversas marcas negras. O ovo é amarelado, oval e estriado. Espécie bivoltina (duas gerações anuais).
Ocorre em locais xerotermófilos, na orla das florestas, tais como prados secos, mas também em sistemas dunares, podendo ser encontrada desde o nível do mar até aos 1000 m de altitude. A lagarta alimenta-se de plantas das famílias Asteraceae e Plantaginaceae.
Em Portugal continental encontra-se bastante dispersa, privilegiando o centro e o norte do território, assim como a costa sudoeste do país.
> Incentivo à prática da agricultura extensiva
> Reduzir o plantio de grandes manchas florestais monoespecíficas (e.g. eucaliptais)