Sphex funerarius

Trata-se de uma grande vespa solitária, com 15 a 26 mm de comprimento (a maior da sua família na Europa). Tem o pecílo mais longo que largo (mas não excessivamente longo), o abdómen fusiforme com três térgitos de cor laranja, as patas longas e espinhosas e duas franjas oblíquas, de pelos brancos, na face. O dimorfismo sexual manifesta-se em diversos caracteres: as fêmeas exibem patas bicolores, principalmente as anteriores e as medianas. O padrão é muito variável. Os machos exibem grande sensilas placoides nos segmentos do flagelo antenar (flagelómeros). As fêmeas escavam os ninhos no solo, onde depositam os seus ovos; transportam para lá ninfas de grilos e gafanhotos que anestesiam previamente com uma injeção de veneno. As vítimas são conservadas vivas para gáudio das suas larvas, que delas se alimentam. Já os adultos procuram o néctar das flores, que fornece hidratos de carbono (energia). Os ninhos compreendem um túnel inclinado com cerca de 15 cm de comprimento no fim do qual se podem encontrar 1 ou 2 câmaras. O transporte das presas é uma operação complexa (que obedece a um programa cerebral estereotipado) e que implica muita força; daí as enormes patas, difíceis de arrumar quando a Sphex levanta voo. Esta espécie só pica o homem se for expressamente atacada ou manipulada. Voa de Julho a Setembro.