Spialia sertorius
Hoffmansegg, 1804Trata-se de uma borboleta que atinge os 26 mm de envergadura. A face superior das asas tem o fundo castanho-chocolate, mais escuro no macho do que na fêmea; fímbrias brancas, entrecortadas de castanho-escuro. Tanto nas asas anteriores como nas posteriores, existem inúmeros pontos brancos dispersos. A face inferior das asas é mais pálida: castanha nas asas anteriores e vermelha-tijolo nas asas posteriores; por sua vez, a fêmea tem as asas posteriores mais amareladas. Tanto o macho como a fêmea exibem diversas manchas brancas na face inferior, sendo de maiores dimensões do que as da face superior. A fêmea é maior que o macho. O corpo é robusto, negro na zona dorsal e claro na zona ventral. Olhos negros e antenas do tipo claviforme, constituídas por segmentos brancos e pretos, alternados. Voa de Abril a Setembro. Lagarta acastanhada, mancha dorsal amarela e pubescente. A hibernação dá-se nessa fase. Espécie bivoltina (duas gerações anuais).
Ocorre, tipicamente, em zonas com terrenos pobres, preferencialmente em locais secos, cascalhentos e floridos, até os 1000 m de altitude. Utiliza, como hospedeiras, diversas espécies de rosáceas (Rosaceae), das quais a lagarta se vai alimentar.
Em Portugal continental é frequente, ocorrendo, de forma dispersa, do norte ao sul do país.