Spilostethus pandurus
(Scopoli, 1763)Trata-se de um percevejo com cerca de 12 a 15 mm de comprimento, de coloração vermelho-alaranjada, com ornamentações pretas ao longo do corpo. Antenas pretas, formadas por 4 artículos. Tarsos negros, constituídos por 3 segmentos. Corpo em forma oval. Aposematismo baseado num padrão decorativo com predomínio do vermelho e preto: cabeça vermelha, entre os olhos (consultar Anatomia, 1) com tylus negro (2); pronotum com 2 bandas longitudinais irregulares que delimitam 3 campos vermelhos (3); escutelo inteiramente negro (4); clavis vermelho com mancha central, preta (5); coria vermelhas com uma banda negra transversal, irregular (6); membrana acastanhada, exibindo uma mancha branca arredondada, ao centro (7). A boca é em forma de estilete. No protórax possui duas glândulas dorsolaterais que segregam substâncias repugnantes para os predadores. As ninfas são de uma coloração vermelha mais vibrante. Hiberna no estádio adulto.
Ocorre numa enorme variedade de biótopos, sobre uma grande diversidade de plantas, das quais se alimenta sorvendo os fluídos das folhas e outras partes vegetais. Presença comum nalgumas plantas tóxicas, tais como o loendro (Nerium oleander). Também é frequentemente observado em Urginea maritima (Asparagaceae).
Distribui-se pela Europa meridional, Norte de África. Macarronésia e Açores, ocorrendo desde o nível do mar até à montanha. Abundante e bastante disperso por todo o território de Portugal continental.