Microtus arvalis
(Pallas, 1778)Trata-se de um rato de pequenas dimensões, que não ultrapassa os 11 cm de comprimento (aprox.). A cabeça é grande em comparação com o corpo. As orelhas são salientes e arredondadas. Corpo cilíndrico revestido de uma pelagem curta mas densa, parda ou castanha-amarelada na zona dorsal e cinzenta a esbranquiçada na zona ventral. Os juvenis são acinzentados. A cauda é relativamente curta.
Ocorre numa grande variedade de habitats abertos (e.g. prados, pastagens, campos de cultivo, baldios) com boa cobertura de vegetação herbácea ou estrato arbustivo estável. Vive em ninhos construídos no solo até 30 cm de profundidade, com várias galerias de acesso.
Em Portugal continental apenas foi detectado no nordeste do território, perto da fronteira com Espanha, mais precisamente no concelho de Miranda do Douro, distrito de Bragança, região de Trás-os-Montes.
Previsão do impacte das alterações climáticas sobre a área de distribuição potencial do Microtus arvalis na Península Ibérica, até ao ano de 2080 (clicar na imagem para ver em maior resolução).
O clima futuro foi caracterizado com base em três diferentes cenários de emissões (Araújo et al., 2012):
> o BAMBU tem como base a extrapolação das políticas europeias actuais para o futuro. Prevê a adopção de algumas medidas de mitigação das alterações climáticas.
> o GRAS pressupõe que a Europa incrementa a tendência de liberalização, desregularização e globalização dos mercados. Prevê a adaptação da sociedade às alterações do clima em detrimento da sua mitigação. As políticas de sustentabilidade são consideradas um sinónimo de crescimento económico.
> o SEDG pressupõe a integração de políticas ambientais, sociais, institucionais e económicas num contexto de sustentabilidade. É um cenário normativo que parte do pressuposto que as políticas são definidas com vista à obtenção de objectivos concretos.