Emys orbicularis
(Linnaeus, 1758)Trata-se de um tartaruga de água doce, que pode atingir os 17 cm de comprimento. A cabeça apresenta um padrão vermicular amarelo, sobre um fundo escuro. Nos olhos, a cor da íris dos machos varia conforme a região (e.g. amarela, acastanhada, vermelha), sendo que nas fêmeas é frequentemente amarela. A carapaça é rígida e abaulada e de coloração escura (acastanhada, esverdeada ou negra), com um padrão de estrias amarelas em cada placa escamosa; a zona ventral da carapaça (plastrão) é também escura, exibindo com frequência grandes manchas amareladas; nos machos, o plastrão é côncavo e ligeiramente mais curto e distante da cloaca. As patas são escuras e apresentam unhas fortes; a cauda é robusta. As fêmeas atingem frequentemente maiores dimensões.
Ocorre numa grande variedade de habitats aquáticos de água doce, temporários ou permanentes, tais como charcos, represas, albufeiras, rios ou ribeiros. Tem preferência por locais com pouca ou nenhuma corrente, com vegetação aquática abundante.
Em território nacional tem uma distribuição bastante fragmentada, sendo mais comum no sul de Portugal e mais rara a norte do rio Tejo. Ocorre com mais relevância nas bacias hidrográficas do rio Guadiana, entre os rios Mira e Arade e entre os rios Arade e Guadiana.
> Captura para fins comerciais
> Destruição/perturbação de indivíduos
> Regularização de sistemas hídricos
> Introdução de espécies exóticas (competição)
> Isolamento geográfico
> Pesca/captura acidental
> Poluição (e.g. agrícola, industrial, urbana)
> Controlo/erradicação das espécies exóticas invasoras competidoras
> Programas de reintrodução
> Reforço da fiscalização
> Campanhas de educação/sensibilização ambiental
> Controlo da poluição
Estima-se que esta espécie exista desde o Pleistocénico Superior (desde há 30.000 anos).
Encontou-se pelo menos um fóssil desta espécie na Gruta da Figueira Brava.