Tarentola bischoffi
Joger, 1984Pequena osga de corpo achatado, ainda que robusto. Na cabeça, de formato triangular, destacam-se os olhos grandes e proeminentes, de íris dourada mas clara, com pupilas verticais. A região dorsal encontra-se coberta por fiadas longitudinais de grandes tubérculos escamosos, dando-lhe um aspecto rugoso. A coloração é geralmente escura, variando entre cinzento, acastanhado e negro. Os membros são curtos e robustos. Nas patas apresenta cinco dedos largos e achatados, com almofadilhas adesivas nas extremidades. A cauda é larga e relativamente curta. Tem hábitos crepusculares e nocturnos.
Nota: apesar das crenças populares, trata-se de um réptil não venenoso e completamente inofensivo.
Ocorre em matos ou zonas com vegetação arbustiva semidesértica, preferencialmente em solos pedregosos com matos baixos de Suaeda vera. Evita as zonas de nidificação de aves marinhas e as áreas de ocorrência do rato-doméstico, assim como as escarpas e o litoral.
Trata-se de uma espécie endémica do arquipélago das Ilhas Selvagens (Região Autónoma da Madeira) que ocorre em três subpopulações isoladas entre si, nomeadamente, na Selvagem Grande, na Selvagem Pequena e no Ilhéu de Fora.
> Predadores: rato-doméstico (caça os indivíduos adultos) e lagartixa-da-Madeira (alimenta-se das posturas)
> Espécies não-nativas (e.g. rato-doméstico)
> Patologias e parasitas
> Controlo ou erradicação das espécies não-nativas (competidoras ou predadoras)