Canis lupus
subsp. signatus Cabrera, 1907Canídeo de grande porte que pode chegar aos 180 cm de comprimento (machos). A cabeça é grande, o focinho pontiagudo e as orelhas são triangulares e relativamente curtas; os olhos são amarelados. No focinho existe uma área clara ao redor da boca. A pelagem, mais espessa e escura durante o Inverno, vai do cinzento-amarelado ao negro, sobretudo na zona dorsal, que é marcada por uma lista negra que se estende do pescoço à cauda. No Verão a pelagem torna-se mais escassa e clara, fazendo com que apresente um aspecto mais magro. Os membros são fortes e robustos, apresentando uma faixa longitudinal bem marcada na parte anterior das patas dianteiras.
Em Portugal, ocorre nas florestas ou bosques abertos das zonas mais montanhosas (serras do norte do país) e planícies adjacentes.
No passado, esta espécie endémica da Península Ibérica distribuía-se por todo o território português. Actualmente, ocorre apenas nalgumas serras do norte e centro do país. Existem duas populações separadas: uma a norte do Rio Douro (Serras da Peneda, Gerês e de Montesinho) e outra a sul do mesmo rio.
> Perseguição directa (e.g. envenenamento)
> Extinção das presas selvagens
> Aumentar a área de ocupação e distribuição das populações actuais
> Acções de sensibilização e divulgação
> Constituir legislação adequada à sua conservação
Previsão do impacte das alterações climáticas sobre a área de distribuição potencial do Canis lupus subsp. signatus na Península Ibérica, até ao ano de 2080 (clicar na imagem para ver em maior resolução).
O clima futuro foi caracterizado com base em três diferentes cenários de emissões (Araújo et al., 2012):
> o BAMBU tem como base a extrapolação das políticas europeias actuais para o futuro. Prevê a adopção de algumas medidas de mitigação das alterações climáticas.
> o GRAS pressupõe que a Europa incrementa a tendência de liberalização, desregularização e globalização dos mercados. Prevê a adaptação da sociedade às alterações do clima em detrimento da sua mitigação. As políticas de sustentabilidade são consideradas um sinónimo de crescimento económico.
> o SEDG pressupõe a integração de políticas ambientais, sociais, institucionais e económicas num contexto de sustentabilidade. É um cenário normativo que parte do pressuposto que as políticas são definidas com vista à obtenção de objectivos concretos.