ReinoAnimalia
FiloChordata
ClasseMammalia
OrdemCarnivora
FamíliaCanidae
Género
Espécie
Subespécie

Canis lupus

subsp. signatus Cabrera, 1907
Lobo-ibérico
Estatuto de Conservação: EN - Em Perigo
Impacte das Alterações Climáticas sobre a espécie
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Canídeo de grande porte que pode chegar aos 180 cm de comprimento (machos). A cabeça é grande, o focinho pontiagudo e as orelhas são triangulares e relativamente curtas; os olhos são amarelados. No focinho existe uma área clara ao redor da boca. A pelagem, mais espessa e escura durante o Inverno, vai do cinzento-amarelado ao negro, sobretudo na zona dorsal, que é marcada por uma lista negra que se estende do pescoço à cauda. No Verão a pelagem torna-se mais escassa e clara, fazendo com que apresente um aspecto mais magro. Os membros são fortes e robustos, apresentando uma faixa longitudinal bem marcada na parte anterior das patas dianteiras.

Em Portugal, ocorre nas florestas ou bosques abertos das zonas mais montanhosas (serras do norte do país) e planícies adjacentes.

No passado, esta espécie endémica da Península Ibérica distribuía-se por todo o território português. Actualmente, ocorre apenas nalgumas serras do norte e centro do país. Existem duas populações separadas: uma a norte do Rio Douro (Serras da Peneda, Gerês e de Montesinho) e outra a sul do mesmo rio.

Onde se pode encontrar:
> Fragmentação e destruição do habitat
> Perseguição directa (e.g. envenenamento)
> Extinção das presas selvagens
> Recuperação/Preservação do habitat
> Aumentar a área de ocupação e distribuição das populações actuais
> Acções de sensibilização e divulgação
> Constituir legislação adequada à sua conservação
Mais sobre esta espécie nas ligações seguintes:
Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (2005)
Disponível no portal do ICNF
Plano Sectorial da Rede Natura 2000 - Fichas de caracterização e gestão das espécies de Mamíferos
Disponível no portal do ICNF
Iberia Change | Biodiversidade e Alterações Climáticas na Península Ibérica: Mapa da espécie
GRUPO LOBO
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Plano de Ação para a Conservação do Lobo-Ibérico em Portugal (PACLobo).
Despacho n.º 9727/2017
Distribuição das principais presas selvagens do lobo ibérico (Canis lupus signatus Cabrera, 1907) a norte do rio Douro.
Oliveira & Carmo (2000)
Conceções dos alunos do 1º ciclo do ensino básico sobre o lobo ibérico.
Glória, Rosa & Cavadas (2012)
Taeniid species of the Iberian wolf (Canis lupus signatus) in Portugal with special focus on Echinococcus spp.
Guerra et al. (2013)
Leishmaniose em Lobo Ibérico.
Braguez (2014)
Study of gastrointestinal parasites in the iberian wolf (Canis lupus signatus).
Pereira (2015)
Estudo das alterações dentárias numa colecção museológica de lobo ibérico (Canis lupus signatus).
Caldeira (2017)
Atitudes públicas para com o lobo-ibérico (Canis lupus signatus): um caso de estudo no nordeste de Portugal.
Lopes (2017)

Previsão do impacte das alterações climáticas sobre a área de distribuição potencial do Canis lupus subsp. signatus na Península Ibérica, até ao ano de 2080 (clicar na imagem para ver em maior resolução).

O clima futuro foi caracterizado com base em três diferentes cenários de emissões (Araújo et al., 2012):
> o BAMBU tem como base a extrapolação das políticas europeias actuais para o futuro. Prevê a adopção de algumas medidas de mitigação das alterações climáticas.
> o GRAS pressupõe que a Europa incrementa a tendência de liberalização, desregularização e globalização dos mercados. Prevê a adaptação da sociedade às alterações do clima em detrimento da sua mitigação. As políticas de sustentabilidade são consideradas um sinónimo de crescimento económico.
> o SEDG pressupõe a integração de políticas ambientais, sociais, institucionais e económicas num contexto de sustentabilidade. É um cenário normativo que parte do pressuposto que as políticas são definidas com vista à obtenção de objectivos concretos.

Autor: David Germano
Descrição Habitat Distribuição Multimédia Ameaças Conservação