Aeshna mixta
Latreille, 1805Libélula de tamanho médio entre os Aeshnidae, podendo alcançar os 64 mm de comprimento e os 42 mm de envergadura. Na parte frontal da cabeça exibem uma marca negra, em forma de T. O macho tem os olhos azuis, podendo exibir manchas mais escuras. O tórax é acastanhado, com faixas antehumerais amarelas, mais curtas. O abdómen apresenta marcas azuis e amarelas sobre um fundo castanho, tratando-se de uma característica essencial para a identificação. A fêmea tem os olhos acastanhados. O tórax é semelhante ao dos machos. No abdómen apresenta marcas amarelas-esverdeadas, sobre o fundo castanho, mais predominante. Tanto o macho como na fêmea apresentam os apêndices abdominais longos, de cor preta. Os pterostigmas são largos e acastanhados. As patas são negras. Nalguns casos, pode existir andromorfismo. Esta espécie pode ser confundida com a Aeshna juncea, no entanto, esta última é de tamanho maior, mais escura e com marcas antehumerais mais largas. Voam de Maio a Novembro (normalmente só são observadas a partir do Outono devido ao voo tardio).
Ocorre, preferencialmente, em lagoas e rios de corrente fraca ou moderada, mas também em águas temporárias. Por possuir hábitos migratórios, não é incomum vê-la voar afastada da água. Por vezes, pode surgir em grande número nas clareiras das florestas. Reproduz-se, principalmente, em águas paradas com pouca sombra. Com excepção da época de reprodução, as fêmeas preferem voar fora do ambiente aquático.
Espécie de ampla distribuição que ocorre em todo território nacional continental, desde o nível do mar até aos 1000 m de altitude. Ainda assim, surge com maior frequência nas regiões baixas.