Hipparchia statilinus
Hüfnagel, 1766Trata-se de uma borboleta que atinge os 50 mm de envergadura. A face superior das asas tem fundo castanho-escuro, com algumas marcas brancas junto à zona marginal (maiores que em Hipparchia fidia); ocelos pouco perceptíveis, um par em cada asa anterior e um único, mais pequeno, em cada asa posterior; fímbrias axadrezadas nas asas anteriores, sendo maioritariamente brancas nas posteriores. A face inferior é variegada com fundo castanho; presença de ocelos escuros com uma pinta branca no centro, um par em cada asa anterior e um único, mais pequeno, em casa asa posterior. A fêmea é maior e mais clara. O corpo é escuro na zona dorsal e esbranquiçado na zona ventral; olhos acastanhados. Antenas claviformes acastanhadas. Patas esbranquiçadas. Voa de Abril a Setembro. O ovo é esbranquiçado e estriado, similar ao da Hipparchia fidia. Lagarta amarelada ou esverdeada, com estrias escuras. A hibernação ocorre nesta fase. Crisálida castanha e raiada horizontalmente. Espécie univoltina (uma geração anual).
Ocorre em terrenos abertos, secos e soalheiros, com vegetação rasteira, até aos 1400 m de altitude. Para hospedeiras recorre a várias espécies de gramíneas (Poaceae), entre as quais Brachypodium phoenicoides, Deschampsia caespitosa, Festuca ovina ou Gramineae spp., das quais a lagarta se alimenta.
Em Portugal continental tem uma distribuição bastante dispersa, sendo mais comum a norte do rio Tejo do que no sul do país.
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