Lestes virens
Charpentier, 1825Trata-se da mais pequena libelinha do género Lestes, não ultrapassando os 39 mm de comprimento e os 27 mm de envergadura. A parte inferior da zona posterior da cabeça é amarela; os olhos são azuis, sobretudo no macho. O macho apresenta uma pruinosidade azulada na zona de intersecção das asas com o tórax, assim como nos segmentos terminais do abdómen, nomeadamente o S9 e o S10. A coloração do corpo tende para um verde-cobre metálico. No tórax apresenta marcas antehumerais muito estreitas, o que auxilia a distingui-la da congénere Lestes barbarus. As asas são transparentes com pterostigmas rectangulares pardos/acastanhados, esbranquiçados nas margens (bicolores). A fêmea, de tom mais esverdeado, tem o valvifer pontiagudo, ao contrário do que ocorre na Lestes barbarus. As patas são acastanhadas. Voa de Maio a Outubro.
Ocorre, sobretudo, em sistemas lênticos (e.g. lagos, lagoas, charcos, sapais) sazonais, que podem secar completamente durante a época estival.
Em Portugal continental encontra-se dispersa por todo o território, ocorrendo de norte a sul, tanto no litoral como no interior.