Ocnerodes fallaciosus
Bolívar, I., 1912De entre as espécies pertencentes ao género Ocnerodes, é a de menores dimensões. De tons castanho-alaranjados, o corpo é robusto (a fêmea é cerca de duas vezes maior que o macho) e finamente rugoso. Na cabeça apresenta antenas filiformes e curtas, com 13 a 15 segmentos; olhos ovais castanho-amarelados; vértex largo, quase côncavo e mais estreito do que nas restantes espécies do género. As quilhas laterais são elevadas, ao mesmo nível do vértex. No protórax, a quilha frontal é sulcada até ao ocelo médio, acompanhada de quilhas laterais quase paralelas. A quilha média é sulcada longitudinalmente e fortemente arqueada. O abdómen é comprimido e com a quilha média bem marcada. Nas patas posteriores, os fémures são mais compridos do que largos, relativamente mais curtos e esbeltos que nas restantes espécies do género, com quilhas rectas e finamente dentadas; as tíbias posteriores são curvadas, com espinhos (9 internos e 8 externos) e apresentam uma pilosidade rala e esbranquiçada.
Ocorre em habitats tipicamente mediterrânicos, pedregosos, com vegetação esparsa, preferencialmente em zonas mais elevadas.
Endemismo ibérico que se distribui pelo sul da Península Ibérica, sendo a mais meridional das espécies pertencentes ao género Ocnerodes. Em Portugal existem registos no sul do território, nomeadamente no Baixo Alentejo e Algarve.