Pieris napi
(Linnaeus, 1758)Trata-se de uma borboleta com uma envergadura de asas entre os 35 a 45 mm. As asas têm a face superior branca, destacando-se uma mancha negra apical nas asas anteriores, e a nervação escura nas nervuras marginais, tanto das asas anteriores como das posteriores; apresenta uma pinta negra na zona discal, por vezes ausente ou pouco aparente. A face inferior das asas anteriores é amarelada no ápice; a face inferior das asas posteriores é amarelada, com nervuras bem marcadas, cinzento-esverdeadas. O dimorfismo sexual expressa-se na face superior das asas anteriores da fêmea, pela presença de duas pintas negras e de nervuras mais marcadas, assim como na face inferior das asas anteriores, pela presença de uma mancha apical amarelada, e pelas duas pintas negras, bem marcadas e ausentes no macho. Corpo esbranquiçado a escurecido (quase negro). Olhos esverdeados, pontilhados de negro. Antenas claviformes, constituídas por segmentos brancos e pretos alternados, sendo o segmento terminal negro com uma pinta branca na ponta. Voa de Fevereiro a Novembro. A lagarta é verde-alface e apresenta uma linha de pintas amarelas ao longo dos flancos. O ovo é branco-amarelado, estriado e oblongo, sendo depositado isoladamente ou em pequenos grupos. A hibernação ocorre no estado de crisálida, que é verde-amarelada, com numerosas marcas negras. Espécie trivoltina (três gerações anuais).
Ocorre em florestas abertas e pradarias adjacentes, campos ou pousios, até aos 1200 m de altitude. Para hospedeiras utiliza crucíferas (Brassicaceae), tais como o nabo (B. napus), das quais a lagarta se alimenta.
Em Portugal continental ocorre, sobretudo, a norte do rio Tejo e na Serra de Monchique, sendo rara no sul do território.