Polyommatus bellargus
(Rottemburg, 1775)Trata-se de uma borboleta que atinge os 33 mm de envergadura. Acentuado dimorfismo sexual: o macho tem uma intensa coloração azul-brilhante na face superior das asas (anteriores e posteriores), uma fina linha marginal negra e fímbrias axadrezadas (pretas e brancas); a face inferior das asas é acastanhada, ornamentada por pintas negras dispersas, orladas de branco, exibindo uma série subterminal de pintas cor-de-laranja nas asas posteriores A fêmea tem a face superior das asas castanha, com uma mancha de escamas azuladas na base das asas, destacando-se uma sequência marginal de lúnulas cor-de-laranja; fímbrias axadrezadas; a face inferior das asas é semelhante à do macho, sendo que as marcas submarginais cor-de-laranja são mais intensas na fêmea. O corpo vai do negro ao azulado na zona dorsal e esbranquiçado na zona ventral; olhos pretos; antenas claviformes de padrão zebrado, em que os segmentos alternam entre preto e branco, sendo o segmento terminal negro. Voa de Abril a Outubro. A lagarta é verde, pubescente, com faixas longitudinais de manchas amarelas. O ovo é esverdeado, esférico, aplanado e reticulado. A crisálida é acastanhada e manchada de verde. Espécie com duas a três gerações. A hibernação dá-se na fase de lagarta.
Ocorre em pradarias secas e floridas, preferencialmente em zonas calcárias, até aos 1000 m de altitude. Utiliza como hospedeiras diversas espécies de leguminosas (Fabaceae), tais como os trevos (Trifolium spp.), das quais a lagarta se vai alimentar.
Em Portugal continental ocorre de forma muito dispersa, sendo menos frequente no norte do território nacional.
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