Ardea purpurea
Ligeiramente mais pequena que a garça-real, destaca-se pelo seu esguio e longo pescoço de tons castanhos-avermelhados, e pela sua plumagem, que varia entre tonalidades cinzentas (dorso) e rosadas (ventre). Na época de reprodução surgem listas pretas no pescoço e um penacho preto na cabeça. A coroa é preta, os olhos amarelos e o bico amarelo-alaranjado, pouco mais comprido que o da garça-real; a garganta é esbranquiçada. As patas são compridas e amarelas. Quando observada em voo, avista-se uma mancha púrpura debaixo da asa.
Ocorre em zonas húmidas, normalmente com vegetação densa, sendo frequentemente associada a áreas de caniçais. Prefere águas pouco profundas, paradas ou com fraca corrente, tais como estuários, lagoas costeiras, açudes, barragens, rias ou canais de irrigação associados a arrozais.
Enquanto nidificante, ocorre de Março a Setembro (época estival) ao longo de toda a costa litoral de Portugal continental.
Garça-vermelha (canto)
> Má gestão dos recursos hídricos
> Desenvolvimento de infraestruturas lineares (e.g. linhas de alta tensão)
> Alterações do uso do solo
> Perturbação nas áreas de nidificação
> Poluição da água (e.g. efluentes domésticos, industriais e agrícolas)
> Perturbação associada ao turismo, caça e pesca
> Colisão com linhas aéreas de transporte de energia
> Instalação de parques eólicos em corredores importantes para a migração e dispersão da espécie
> Manter/aumentar a população reprodutora
> Melhorar a eficácia do controlo e tratamento das descargas de efluentes
> Implementação de medidas que visem reduzir a perturbação nos locais de nidificação
> Reforço da vigilância à caça ilegal
> Monitorização dos efectivos nidificantes
> Sensibilizar as populações e as entidades responsáveis para a conservação da espécie