Calidris alpina
(Linnaeus, 1758)Trata-se de uma pequena ave limícola (com 17 a 21 cm de comprimento e 32 a 36 cm de envergadura). A coloração da plumagem varia entre o castanho e o cinzento, com fracas marcas distintivas. O bico é longo e ligeiramente curvo. Distingue-se de outras espécies de pilrito pela extensa mancha preta que se destaca no abdómen, na plumagem nupcial, durante o Verão. O dimorfismo sexual é pouco significativo.
O habitat desta espécie caracteriza-se pela presença de água em zonas costeiras sem vegetação ou com vegetação herbácea de pequena dimensão. Encontra-se frequentemente associada a extensas áreas deixadas a descoberto na maré baixa, ricas em invertebrados. Também ocorre regularmente em estuários, salinas, lagoas costeiras, terrenos alagados, arrozais, açudes e barragens. A sua alimentação consiste de moluscos e crustáceos.
Em Portugal continental ocorre, sobretudo, como migrador de passagem e invernante, ao longo da faixa litoral, tratando-se da ave limícola mais comum nos estuários e rias. Os estuários do Tejo e do Sado, a Ria de Aveiro e a Ria Formosa albergam, no seu conjunto, a maioria da população invernante no nosso país. Podem, contudo, observar-se indivíduos não reprodutores, durante todo o ano.
> Poluição da água (e.g. efluentes domésticos, industriais e agrícolas)
> Abandono e reconversão da actividade salineira tradicional
> Colisão com linhas aéreas de transporte de energia
> Instalação de parques eólicos em corredores importantes para a migração e dispersão de aves
> Conservar as principais zonas de descanso e alimentação
> Promover a continuidade das rotas migratórias