Capreolus capreolus
(Linnaeus, 1758)Trata-se do menor cervídeo de Portugal (e da Europa). O pêlo é castanho-avermelhado e curto durante o Verão, sendo castanho-acinzentado e mais comprido no Inverno. A mancha branca na região anal é bem visível, sendo reniforme nos machos e cordiforme nas fêmeas. A cauda é muito curta. O macho tem hastes curtas e pontiagudas que caiem no Outono, após a época de reprodução, voltando a nascer na Primavera. As fêmeas são desprovidas de hastes. É de destacar o marcado contraste entre o focinho preto e os lábios brancos. As crias possuem manchas brancas no dorso que acabam por desaparecer.
Ocorre em bosques e florestas variadas, matos mediterrânicos com áreas abertas, campos agrícolas e prados.
Em Portugal continental ocorre essencialmente no norte (nas principais serras e parques naturais), nas zonas fronteiriças, sendo mais escasso na região sul do país.
Previsão do impacte das alterações climáticas sobre a área de distribuição potencial do Capreolus capreolus na Península Ibérica, até ao ano de 2080 (clicar na imagem para ver em maior resolução).
O clima futuro foi caracterizado com base em três diferentes cenários de emissões (Araújo et al., 2012):
> o BAMBU tem como base a extrapolação das políticas europeias actuais para o futuro. Prevê a adopção de algumas medidas de mitigação das alterações climáticas.
> o GRAS pressupõe que a Europa incrementa a tendência de liberalização, desregularização e globalização dos mercados. Prevê a adaptação da sociedade às alterações do clima em detrimento da sua mitigação. As políticas de sustentabilidade são consideradas um sinónimo de crescimento económico.
> o SEDG pressupõe a integração de políticas ambientais, sociais, institucionais e económicas num contexto de sustentabilidade. É um cenário normativo que parte do pressuposto que as políticas são definidas com vista à obtenção de objectivos concretos.