Adenocarpus anisochilus
Boiss.Arbusto perenifólio de até 4 m, de coloração verde-escura. Caules: ramificados, esverdeados, hirtos, com escassos pêlos; ritidoma persistente. Folhas: trifoliadas, com estípulas triangulares, pequenas, persistentes; pecíolo até 8 mm, glabro ou escassamente piloso; folíolos com mais de 2 mm de largura, ovados ou estreitamente elípticos, obtusos, glabros na página superior e pubescentes na página inferior. Inflorescências: flores agrupadas em cachos terminais, erectos, de 4 a 8 (máx. 12) flores, brácteas linear-lanceoladas, caducas; flores pecioladas com bractéolas caducas na antese; corola papilionácea, amarela com pétalas unguiculadas, estandarte (10 a 22 mm) arredondado, patente, com pêlos curtos no dorso, asas livres e quilha mais comprida do que as asas, curva, ascendente, aguda, caduca; cálice campanulado, glabro mas coberto por numerosas glândulas estipitadas, bilabiado, persistente, com os lábios comprimidos, o superior 2-fendido e o inferior, 3-fendido (o segmento do meio, maior do que os laterais); androceu com 10 estames monadelfos, anteras basifixas cilíndricas alternando com anteras dorsifixas, ovóides; gineceu com ovário sentado, estilete curvo e glabro, e estigma capitado e um pouco extrorso. Fruto: vagem linear oblonga, comprimida (secção elíptica), coberta de glândulas pediculadas, até 45 mm de comprimento; sementes (3 a 8) negras ou esverdeadas, ovóides, sem arilo. Floresce de Abril a Junho.
Ocorre em matos e matagais na orla de florestas, nas margens de linhas de água e baldios, sobre solos profundos e ácidos.
Espécie endémica de Portugal continental que ocorre no sudoeste do território, particularmente na Serra de Monchique.