Anagyris foetida
L.Planta arbustiva ou arbórea até 4 m, caducifólia, fétida. Ramos: inermes, os mais jovens acetinados, perdendo os pelos ao envelhecer. Folhas: pecioladas, trifoliadas, verde-prateadas, solitárias; as dos ramos mais curtos, agrupadas; estípulas amplexicaules, só separadas no ápice; folíolos elípticos a obovados, mucronados, glabros na página superior e acetinados na página inferior. Flores: agrupadas em verticílos de 3, com bráctea na base do pedicelo, linear e curva, acetinada na face externa; sem bractéolas; corola papilionácea, amarelo-esverdeada, com as pétalas unguiculadas, glabras, com manchas negro-avermelhadas na metade superior do estandarte; cálice campanulado (8 a 10 mm), acetinado, com um hipanto, com tubo maior do que os dentes; androceu com 10 estames livres, 5 filetes de anteras dorsifixas que alternam com 5 filetes de anteras basifixas; gineceu com ovário estipitado com 7 a 8 rudimentos seminais, estilete cilíndrico, arqueado, estigma seco, em pincel. Fruto: vagem de contorno elíptico, glabra, amarela, seca, indeiscente ou tardiamente deiscente, com 1 a 6 sementes salientes, com mais de 10 mm, reniformes, sem estrofíolo. Floresce de Janeiro a Maio.
Trata-se de uma espécie ruderal que ocorre nas bermas de caminhos, terrenos pedregosos ou degradados, baldios e incultos, principalmente sujeitos a influência marinha. É frequente a sua ocorrência nas proximidades de áreas humanizadas.
Distribui-se ao longo da região Mediterrânica. Em Portugal continental encontra-se distribuída pelas regiões do Alentejo e do Algarve.