Cichorium intybus
LinnaeusPlanta herbácea, ereta, bienal ou perene; hemicriptófita. Caules: eretos (até 1 m), angulosos, esquinados, com ramos rígidos patente-ascendentes. A raiz é um tubérculo aprumado, acastanhado, robusto. Folhas: basilares oblongas-lanceoladas, suavemente dentadas, formando uma roseta; as folhas caulinares são esparsas, pequenas, sésseis e envolvem o caule. Flores: azuis, reunidas em capítulos ligulados (4 cm de diâmetro); lígulas denteadas na extremidade; o invólucro possui 8 brácteas externas, lanceoladas, e 5 brácteas internas linear-lanceoladas e direitas; as inflorescências emergem das axilas das folhas; androceu: um estame e uma antera por flor, ambos azuis. A polinização é entomogâmica ou autogâmica. Floresce de Junho a Setembro. Fruto: cipsela angulosa, acastanhada, com uma única semente; dispersão pelo vento.
Nota: trata-se de uma planta medicinal e comestível. A raiz tem propriedades terapêuticas relacionadas com o fígado e a vesícula biliar. As folhas têm propriedades diuréticas. A variedade sativa é cultivada pela sua raiz que é usada como substituto do café. Diversas outras variedades são cultivadas pelas folhas: var. foliosum (endívia, radichio), var. intybus (almeirão ou chicória-amarga).
Trata-se de uma planta ruderal que ocorre em terrenos cultivados ou incultos, baldios urbanos e bermas de caminhos.
Planta nativa do sul da Europa, da Ásia e da África. Ocorre ao longo de todo o território de Portugal continental, sendo mais frequente no centro e sul do país.