Linaria triornithophora
(L.) Willd.Planta herbácea, glabra, verde-azulada, que pode durar mais de 2 anos. Caules: os férteis são erectos, simples ou ramificados (50 a 130 cm); os estéreis são mais curtos. Folhas: as dos caules férteis são verticiladas (3,5) e sésseis, lanceoladas ou ovado-lanceoladas, agudas; as dos caules estéreis são menores e igualmente verticiladas. Inflorescências: flores rosadas/rosa-purpúreas, zigomórficas, dispostas em cacho (3 a 25), inseridas, em geral, em verticilo de 3 a 5, e sustentadas por pedicelos erectos; corola (33 a 57 mm) formada por 5 pétalas soldadas formando um tubo que se abre ao exterior por dois lábios (bilabiada), lábio superior erecto com dois lóbulos separados, lábio inferior trilobado, em que o palato (amarelo) fecha quase completamente a garganta do tubo (fauce); tubo cilíndrico, prolongado, na base, por um esporão linear, ligeiramente encurvado; cálice composto por 5 sépalas lanceoladas; androceu constituído por 4 estames inclusos, iguais dois a dois (didínamo); gineceu com ovário bilocular, com estilete erecto. Fruto: cápsula. Floresce de Abril a Setembro.
Espécie ripícola. Tem preferência por solos ácidos, moderadamente secos e expostos ao sol (embora suporte a sombra), pobres em azoto. Ocorre especialmente em vales apertados de montanha, até aos 2000 m de altitude.
Trata-se de um espécie endémica da Península Ibérica que em Portugal continental se distribui maioritariamente pelo norte e centro do território.