Grimmia montana
Bruch & Schimp.Musgo acrocárpico, até 1 cm de altura, de cor verde-escura, acinzentada à superfície. Filídeos oblongo-lanceolados que são flexuosos em estado seco e erecto-patentes em estado húmido, terminando em pêlos hialinos. Margem plana na parte basal e incurva na parte apical. Planta dióica, com estratégia de vida colonizadora e sem gemas. Cápsulas ovóides com opérculo rostrado. Os tufos crescem com uma forma muito típica, em forma de pequena almofadas, que favorece a capacidade de retenção de água, mantendo a humidade por muito mais tempo devido à proximidade dos caules. Para além de exibir este tipo de crescimento, esta espécie, típica de substratos rochosos expostos, apresenta partes hialinas na extremidade das folhas, de modo a reduzir a evaporação de água e proteger-se da radiação solar intensa.
As espécies do género Grimmia são basicamente saxícolas e colonizam maioritariamente afloramentos rochosos siliciosos de áreas montanhosas, normalmente em zonas com alta humidade ambiental, podendo também colonizar rochas de natureza básica. Surge frequentemente em substratos rochosos bem expostos, daí o seu nome comum.
Ocorre, preferencialmente, nas zonas montanhosas da Península Ibérica. No que diz respeito a Portugal continental, destaca-se a sua presença no norte (e.g. Serras da Peneda-Gerês, Montesinho, Alvão) e no centro (e.g. Serras da Estrela, Malcata) do país, ocorrendo de forma mais descontínua à medida que se avança para o sul (e.g. presente na Serra de São Mamede). Não existem registos abaixo do rio Tejo. Apesar do nome da espécie referir-se a “montana”, esta surge também em localidades de baixa altitude (para ver o mapa detalhado consultar o separador “Saber mais”).
> Redução ou perda de características de habitat
> Parques eólicos
> Manutenção e conservação do habitat (composição e estrutura do habitat)
> Gestão sustentável do habitat