Pinus pinea
L.Árvore robusta, perenifólia e resinosa, de copa arredondada (8 a 15 m de diâmetro). Pode atingir os 30 m de altura. Tronco: direito, cilíndrico, com ritidoma castanho-acinzentado, espesso e bastante fendido (desprende-se em placas grossas, deixando a descoberto as placas novas, avermelhadas); ramificação verticilada. Folhas: verde-claras, aciculares (em forma agulha), rígidas, pontiagudas e pungentes (até 20 cm de comprimento); crescem aos pares na axila de uma folha rudimentar escamosa, sobre o braquiblasto (ramo muito curto) e envolvidas por uma bainha membranosa na base. Inflorescências: espécie monóica (estruturas masculinas e femininas diferenciadas, na mesma planta); as masculinas em forma de espigas amareladas, agrupadas nos ramos do ano; as femininas formam uma estrutura ovóide, escamosa (escamas lenhosas) e pardo-avermelhada, denominada pinha ou cone. Fruto: pinha ovado-globosa, subséssil, escamosa, castanho-avermelhada e lustrosa; contém duas sementes (pinhões) por escama, de cor negra. Amadurece na Primavera do terceiro ano; liberta os pinhões na Primavera do quarto ano.
Nota: espécie muito importante a nível comercial, devido aos pinhões comestíveis de grande qualidade.
Espécie tipicamente mediterrânica, ocorre sobre solos ácidos, frescos e profundos, preferencialmente arenosos, em locais soalheiros e quentes. Dá origem aos pinhais (floresta de pinheiros), quando em grandes aglomerados. É menos frequente em povoamentos florestais mistos, em solos xistosos. Espécie intolerante a geadas fortes e persistentes.
Em Portugal continental ocorre de forma espontânea a sul do rio Tejo, sobretudo no litoral, nomeadamente na bacia do rio Sado (concelhos de Alcácer do Sal e Grândola). No entanto, existem áreas plantadas distribuídas por todo o território nacional, com incidência nas zonas de baixa altitude.