Aturia aturi
(Basterot, 1825)Espécie de molusco cefalópode (náutilo pré-histórico) sem representantes atuais (Família Aturiidae, toda extinta), caracterizado por uma alimentação carnívora. Possuía, muito possivelmente, uma visão apurada e bem desenvolvida, bem como uma locomoção ativa. As medições médias da sua concha são: 50 mm de largura, 112 mm de diâmetro, 61.5 mm de altura e 7 mm de inflação de concha.
Distribuição geocronológica: 18.3* Ma (Burdigaliano) – 7.246 Ma (Messiniano)** – Miocénico
* Pelo menos; ** idade numérica do Messiniano fornecida a partir do fossilworks; idade numérica do Burdigaliano com base em Antunes et al. (1999).
Era uma espécie característica de águas marinhas, particularmente de zonas carbonatadas, de talude continental, recifes de coral, buildups ou biohermes, zonas subtidais profundas, zonas costeiras e intertidais, zonas de transição, ou zonas onde o fundo marinho e o ambiente sedimentar deposicional se encontrassem sob influência da ação diária das ondas.
Foram encontrados fósseis desta espécie em Porto Brandão, nas arribas da margem esquerda do gargalo do rio Tejo, Caparica, Almada (Setúbal, Portugal). Os fósseis desta espécie são raríssimos no território português (Pais et al., 2008).
Não há informações disponíveis relativas a quem coleccionou os fósseis, nem aos métodos aplicados para a sua colecção. Também não há informação respeitante à entidade/instituição onde os fósseis se encontram alojados.