Phylloceras (Hypophylloceras) tethys
(d’Orbigny, 1840)Espécie de molusco cefalópode sem representantes atuais (Ordem Ammonitida Agassiz, 1847 e Subclasse Ammonoidea von Zittel, 1884, extintas), caracterizado por uma alimentação carnívora. Tratava-se de uma amonite de pequenas dimensões, com uma forma compressa e involuta, possuindo secções espirais subovais. Os flancos eram arqueados com a largura máxima no meio do corpo, possuindo também umbigos (umbilici) estreitos e profundos, com paredes relativamente abruptas. A ornamentação da concha era subtil com pequenas costelas ventrolaterais. As linhas de sutura eram complexas e ligeiramente inversas, apresentando grandes dobras nas selas externas, com uma tendência tetrafílica (Barroso-Barcenilla et al., 2018). Possuía, muito provavelmente, visão bem desenvolvida e locomoção ativa.
Distribuição geocronológica: 136.4 Ma (Valanginiano) – 99.7 Ma (Cenomaniano) – Cretácico Inferior
Tratava-se de uma espécie característica de águas marinhas, mais concretamente de zonas subtidais profundas, zonas afastadas da costa mais profundas, zonas carbonatadas e até zonas de transição, ou mesmo zonas onde o fundo marinho e o ambiente sedimentar deposicional se encontrassem por baixo da ação diária das ondas.
Foram encontrados fósseis desta espécie no nível 3, localidade de Mexilhoeira, Cascais (Lisboa, Portugal).
Métodos de coleção aplicados: coleção em massa (bulk), à superfície, in situ.
Os fósseis estão alojados no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa. Neste Museu, os fósseis alojados correspondem a três moldes internos piritizados e parcialmente limonizados (Barroso-Barcenilla et al., 2018). Os fósseis desta espécie foram colecionados, provavelmente, por Alcide d’Orbigny, contudo, não há verdadeira confirmação.