ReinoAnimalia
FiloChordata
ClasseAmphibia
OrdemAnura
FamíliaPelodytidae
Género
Espécie

Pelodytes ibericus

Sánchez-Herráiz, Barbadillo, Machordom & Sanchiz, 2000
Sapinho-de-verrugas-verdes-ibérico
Estatuto de Conservação: NE - Não Avaliado
Impacte das Alterações Climáticas sobre a espécie
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Pequeno sapo com aspecto de rã, que pode atingir os 4,5 cm de comprimento total. Na cabeça, achatada, destacam-se os olhos proeminentes de íris dourada e pupila vertical; o focinho é curto e arredondado. O tímpano é pouco perceptível. A zona dorsal vai do cinzento-esverdeado ao pardacento e encontra-se coberta de fileiras de verrugas verde-escuras que se estendem pelos flancos e pelas patas, no entanto, por vezes a pele pode ser lisa; exibe também um padrão formado por manchas ovais esverdeadas. A região ventral é mais clara, creme ou esbranquiçada. Os membros são longos (os posteriores mais compridos que os anteriores); apresentam quatro dedos nas patas anteriores e cinco nas posteriores, sendo os últimos notoriamente mais longos e com membranas interdigitais muito estreitas, praticamente imperceptíveis. Geralmente, as fêmeas são maiores que os machos. Na época de acasalamento os machos ganham tonalidades mais escuras na garganta e desenvolvem calosidades nupciais nas patas anteriores, assim como nas coxas e na região ventral.

Ocorre em habitats abertos, secos ou ligeiramente húmidos, preferencialmente isolados. Pode ser encontrado em áreas abertas de matos, charnecas e florestas, ou mesmo em terrenos e pedreiras alagadas, albufeiras, margens de charcos temporários e áreas cultivadas. Enquanto espécie geotrópica, pode surgir em poços, noras, minas ou grutas. Tem hábitos crepusculares ou nocturnos.

Espécie endémica do sul da Península Ibérica. Em Portugal continental ocorre no sudeste do território, distribuindo-se pelo Ribatejo, Alentejo e Algarve.

Onde se pode encontrar:
> Destruição/fragmentação do habitat (e.g. destruição de locais de reprodução, drenagem de pântanos, desertificação, intensificação agrícola)
> Destruição/perturbação de indivíduos
> Introdução de espécies exóticas
> Poluição (e.g. agrícola, pecuária, industrial)
> Escassez de informação biológica e ecológica
> Preservação/protecção do habitat (e.g. protecção/preservação de lagoas e charcos temporários)
> Controlo/erradicação de espécies exóticas
> Controlo da poluição
> Desenvolvimento de campanhas de educação ambiental
> Promoção e desenvolvimento de estudos acerca da biologia, ecologia e distribuição da espécie.
Mais sobre esta espécie nas ligações seguintes:
Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal (Loureiro et al., 2008)
Disponível no portal do ICNF
Previsão da distribuição da espécie no futuro
Iberia Change | Biodiversidade e Alterações Climáticas na Península Ibérica: Mapa da espécie
MITRA nature | ICAAM - Universidade de Évora
Biodiversidade da Herdade da Mitra
Projeto LIFE+ "Conservação de Charcos Temporários na Costa Sudoeste de Portugal" | LIFE Charcos
Ficha do Pelodytes atlanticus

Previsão do impacte das alterações climáticas sobre a área de distribuição potencial do Pelodytes ibericus na Península Ibérica, até ao ano de 2080 (clicar na imagem para ver em maior resolução).

O clima futuro foi caracterizado com base em três diferentes cenários de emissões (Araújo et al., 2012):
> o BAMBU tem como base a extrapolação das políticas europeias actuais para o futuro. Prevê a adopção de algumas medidas de mitigação das alterações climáticas.
> o GRAS pressupõe que a Europa incrementa a tendência de liberalização, desregularização e globalização dos mercados. Prevê a adaptação da sociedade às alterações do clima em detrimento da sua mitigação. As políticas de sustentabilidade são consideradas um sinónimo de crescimento económico.
> o SEDG pressupõe a integração de políticas ambientais, sociais, institucionais e económicas num contexto de sustentabilidade. É um cenário normativo que parte do pressuposto que as políticas são definidas com vista à obtenção de objectivos concretos.

Autor: MVBIO
Descrição Habitat Distribuição Multimédia Ameaças Conservação