Eristalinus taeniops
(Wiedemann, 1818)Trata-se de um sirfídeo polinizador com 11 a 14 mm de comprimento. Mosca de corpo ovalado que exibe mimetismo batesiano relativamente a abelhas e vespas. Cabeça com face parda; olhos inconfundíveis: fundo amarelo atravessado por 5-6 bandas distintas, escuras, transversais; aristas filiformes. Tórax dourado ou acinzentado, densamente pubescente, com 4 bandas longitudinais, escuras, mais ou menos esbatidas. Escutelo castanho claro. Abdómen preto com manchas amarelas ou simplesmente claras, laterais, em T2, T3 e T4. Asas: célula R1 fechada; M1 ligada a R4+5 perto do bordo da asa; nervura 3 exibe uma alça; nervura espúria presente; pterostigma pouco evidente. Patas: fémures escuros, tíbias claras ou bicolores; tarsos tendencialmente escuros. Apresenta dimorfismo sexual: nos machos, os olhos são contíguos; nas fêmeas, separados. Os adultos visitam flores, preferencialmente, amarelas ou brancas, alimentando-se de néctar. As larvas são saprófagas e filtradoras de bactérias. Voa de Abril a Outubro. Trata-se de uma espécie migradora: na Europa, a espécie voa para norte no início do Verão e no final da estação, migra para regiões mais quentes.
As larvas são saprófagas e filtradoras de bactérias, podendo ser encontradas em águas estagnadas, junto a materiais vegetais em decomposição. Ocorrem com frequência em suiniculturas. Os adultos podem ser encontrados em diferentes tipos de habitats floridos, tais como clareiras de bosques ou galerias ribeirinhas, demonstrando preferência por áreas abertas perto de locais húmidos.
Esta espécie mostra uma ampla distribuição geográfica que cobre a orla mediterrânica e a Macarronésia, assim como a Europa Oriental, a África e a Ásia. Na América do Norte foi introduzida na Califórnia e na Flórida. Ocorre de norte a sul de Portugal, tanto no litoral como no interior do território nacional.