Macromia splendens
(Pictet, 1843)Trata-se de uma libélula de grande porte que pode atingir os 75 mm de comprimento. Os olhos são verdes metalizados; fronte amarelada. O corpo é negro com reflexos metalizados verdes ou cobre, e ornamentado com marcas amarelas cordiformes na zona dorsal do abdómen. No tórax distinguem-se duas faixas amarelas obliquas. No abdómen nota-se uma ligeira dilatação a partir do segmento S7 (mais evidente no macho), que apresenta uma mancha amarela bem evidente. A fêmea é mais robusta e tem marcas amarelas mais evidentes. O macho tem os apêndices abdominais superiores longos e robustos, sendo que o apêndice inferior é ligeiramente mais comprido. As asas são transparentes com pterostigmas pretos. As patas são pretas e compridas. Voa de Maio a Agosto. Pode ser confundida com a Cordulegaster boltonii, no entanto, esta última é maior, tem manchas amarelas em forma de anéis e em maior número, assim como patas mais curtas.
Ocorre em zonas com influência mediterrânica, em rios largos e profundos, preferindo zonas de remanso naturais ou resultantes de pequenos açudes desde que exista vegetação nas margens. Pode também ser encontrada em pequenas albufeiras.
Espécie endémica da Península Ibérica e do sul da França. Em Portugal continental encontra-se distribuída de uma forma muito localizada, até aos 850 metros de altitude, ocorrendo, sobretudo, nos grandes rios do centro e norte do país.
> Poluição (e.g. efluentes agrícolas, florestais e industriais, águas residuais domésticas e urbanas)
> Introdução de espécies exóticas invasoras (e.g. lagostim-vermelho-da-Louisiana, lagostim-sinal)
> Distúrbios humanos (actividades recreativas junto do habitat natural)
> Alterações climáticas e condições meteorológicas severas (e.g. secas)
> Preservação/restauração do habitat natural (e.g. correcta gestão do uso da água, preservação do fluxo natural)
> Maior controlo e fiscalização da poluição nos corpos de água
> Prevenção da introdução de espécies exóticas invasoras (nomeadamente, de lagostins não indígenas)