Melitaea deione
(Geyer, 1832)Trata-se de uma borboleta que atinge os 42 mm de envergadura. A face superior das asas tem fundo cor-de-laranja, com um padrão xadrez negro e fímbrias axadrezadas, brancas e pretas, destacando-se a presença de uma marca negra no 2º espaço, em forma de halterium, que ajuda a diferenciá-la das outras espécies do género; a face inferior é mais pálida, sobretudo nas asas posteriores, que têm bandas de células brancas bordejadas de negro que contrastam fortemente com o fundo laranja. A fêmea tem uma coloração mais escura. O corpo vai do alaranjado ao negro na zona dorsal, sendo esbranquiçado na zona ventral; olhos cinza-azulados. Antenas claviformes de padrão zebrado, em que os segmentos alternam entre preto e branco, sendo o segmento terminal negro e alaranjado na base. Voa de Abril a Setembro. A lagarta é escura, pintalgada de branco e coberta de espinhos cor-de-laranja. A hibernação dá-se nesta fase. A crisálida é escura, com espinhos cor-de-laranja. O ovo é amarelo e estriado (17 a 18 estrias verticais). Espécie bivoltina (duas gerações anuais).
Ocorre em prados floridos e soalheiros, até aos 1400 m de altitude. A lagarta alimenta-se de herbáceas das famílias Plantaginaceae e Scrophulariaceae.
Em Portugal continental é frequente, encontrando-se bastante dispersa. Ocorre, sobretudo, no centro e no norte do território nacional.
> Incêndios florestais
> Reduzir o plantio de grandes manchas florestais monoespecíficas (e.g. eucaliptais)
> Prevenção de fogos florestais