Melitaea didyma
(Esper, 1780)Trata-se de uma borboleta que atinge os 44 mm de envergadura, sendo a fêmea maior que o macho. A face superior das asas é cor-de-laranja, com um padrão formado por inúmeras pintas negras dispersas, com fímbrias axadrezadas, brancas e pretas; a face inferior é variegada, alaranjada e pontilhada de preto nas asas anteriores, sendo que as asas posteriores têm o fundo branco atravessado por faixas cor-de-laranja, separadas por inúmeras pintas negras. A fêmea tem uma coloração mais pálida. É uma espécie polimórfica. O corpo vai do alaranjado ao negro na zona dorsal, sendo esbranquiçado na zona ventral; olhos cinza-azulados. Antenas claviformes de padrão zebrado, em que os segmentos alternam entre preto e branco, sendo o segmento terminal negro e alaranjado na base. Voa de Maio a Agosto. A lagarta é esbranquiçada, coberta de manchas alaranjadas e espinhos peludos, e atravessada por finas linhas negras longitudinais. A hibernação dá-se nesta fase. A crisálida é branca, salpicada de pintas negras e manchas cor-de-laranja. O ovo é amarelo e estriado. Espécie bivoltina (duas gerações anuais).
Ocorre em prados secos, taludes floridos, charnecas e clareiras de florestas, até aos 1000 m de altitude. A lagarta alimenta-se de herbáceas, tais como linárias (Linaria spp.), língua-de-ovelha (Plantago lanceolata) ou dedaleiras (Digitalis spp.).
Em Portugal continental encontra-se bastante dispersa, ocorrendo, sobretudo, no interior centro e norte do país.
> Incêndios florestais
> Reduzir o plantio de grandes manchas florestais monoespecíficas (e.g. eucaliptais)