Pyronia cecilia
(Vallantin, 1894)Trata-se de uma borboleta que atinge os 32 mm de envergadura (menor que a congénere Pyronia tithonus). A face superior das asas é alaranjada com uma banda marginal castanha-escura; nas asas anteriores apresenta um ocelo negro apical com duas pintas brancas; os machos apresentam uma mancha androconial bem marcada, acastanhada, que atravessa cada asa anterior, em direcção ao ocelo. A face inferior das asas posteriores é variegada, de matriz parda/acastanhada; as asas anteriores têm a face inferior semelhante à superior. A fêmea é maior que o macho e não apresenta mancha androconial. O corpo é acastanhado, sendo mais escuro na zona dorsal e mais claro na ventral. Olhos pardos e antenas claviformes acastanhadas. Voa de Abril a Setembro. A lagarta é cor-de-palha, com uma risca dorsal longitudinal escura, bem marcada. A hibernação dá-se nesta fase. A crisálida é acinzentada, marcada por pintas e listas negras. O ovo é amarelo. Espécie bivoltina (duas gerações anuais).
Ocorre em zonas quentes e secas (e.g. prados, matos mediterrânicos), com pouca vegetação, até aos 1200 m de altitude. Utiliza várias espécies de gramíneas (Poaceae) como plantas hospedeiras, das quais a lagarta se alimenta (e.g. Brachypodium spp., etc.).
É uma espécie muito comum em Portugal continental, encontrando-se muito dispersa por todo o território nacional.