Vanessa atalanta
Linnaeus, 1758Trata-se de uma borboleta que atinge os 65 mm de envergadura. A face superior das asas tem fundo negro, sendo que nas asas anteriores se destaca uma banda discal alaranjada, assim como algumas manchas brancas marginais e submarginais na zona apical; as asas posteriores possuem uma banda marginal cor-de-laranja, marcada por uma sequência de quatro pontos negros em cada uma delas. A face inferior das asas é variegada, acastanhada nas asas posteriores. A fêmea é ligeiramente maior que o macho. O corpo é escuro, acastanhado; olhos castanhos. Antenas claviformes de padrão zebrado, em que os segmentos alternam entre preto e branco, sendo o segmento terminal negro de ponta branca. Voa durante todo o ano. Ovo verde e estriado verticalmente. Lagarta bastante espinhosa, vai do preto ao acastanhado, com uma banda amarelada nos flancos. Crisálida acastanhada. Espécie bi ou trivoltina (duas ou três gerações anuais).
É uma espécie generalista, podendo ocorrer numa grande variedade de habitats floridos, tais como em prados, orlas dos bosques, pousios, pomares, áreas ruderais ou mesmo em hortas, parques e jardins urbanos, até aos 1600 m de altitude. Como plantas hospedeiras utiliza, preferencialmente, várias espécies de urticáceas (Urticaceae), tal como a urtiga (Urtica spp.), cujas folhas utiliza para depositar os ovos.
Em Portugal continental é uma espécie bastante comum, estando bem distribuída do norte ao sul do território. Também ocorre nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.