ReinoAnimalia
FiloChordata
ClasseMammalia
OrdemRodentia
FamíliaCricetidae
Género
Espécie

Microtus duodecimcostatus

de Sélys-Longchamps, 1839
Rato-cego-mediterrânico, Rato-toupeira-mediterrânico
Estatuto de Conservação: LC - Pouco Preocupante
Impacte das Alterações Climáticas sobre a espécie
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Trata-se de um rato de pequenas dimensões, que não ultrapassa os 11 cm de comprimento. A cabeça é grande em comparação com o corpo e tem um formato arredondado; os olhos são pequenos, tal como as orelhas, estas últimas pouco perceptíveis. Corpo cilíndrico revestido de uma pelagem densa e aveludada, de cor castanho-amarelada a avermelhada na zona dorsal e acinzentada a esbranquiçada na zona ventral. A cauda é curta.

Ocorre numa grande variedade de habitats abertos e semi-abertos de influência mediterrânica, tais como montados, sobreirais, pinhais, orlas de bosques, prados, pastagens, campos de cultivo, terrenos agrícolas, pomares, olivais ou hortas, desde que exista uma boa cobertura herbácea. Preferem solos húmidos e macios que lhes permitam a construção de galerias subterrâneas estáveis.

Espécie endémica da região ocidental mediterrânica. Em Portugal continental distribui-se pelo centro e sul do território, sobretudo nas regiões de clima mediterrânico, a sul do rio Tejo.

 

 

Onde se pode encontrar:
Arvicola duodecimcostatus, A. ibericus, Pitymys duodecimcostatus, P. flavescens, P. ibericus centralis, P. ibericus fuscus, P. ibericus pascuus, P. ibericus regulus, P. provincialis, Terricola duodecimcostatus
Mais sobre esta espécie nas ligações seguintes:
Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal Continental (2023)
Ficha do Microtus duodecimcostatus (pág. 160)
Previsão da distribuição da espécie no futuro
Iberia Change | Biodiversidade e Alterações Climáticas na Península Ibérica: Mapa da espécie
MITRA nature | ICAAM - Universidade de Évora
Biodiversidade da Herdade da Mitra
Factors influencing the distribution of the lusitanian and the mediterranean pine voles (Microtus lusitanicus and M. duodecimcostatus) in Portugal: a multiscale approach
Santos (2009)
Local coexistence and niche differences between the Lusitanian and Mediterranean pine voles (Microtus lusitanicus and M. duodecimcostatus)
Santos, Mathias & Mira (2010)
Reproductive isolation between sister species of Iberian pine voles, Microtus duodecimcostatus and M. lusitanicus
Cerveira et al. (2019)

Previsão do impacte das alterações climáticas sobre a área de distribuição potencial do Microtus duodecimcostatus na Península Ibérica, até ao ano de 2080 (clicar na imagem para ver em maior resolução).

O clima futuro foi caracterizado com base em três diferentes cenários de emissões (Araújo et al., 2012):
> o BAMBU tem como base a extrapolação das políticas europeias actuais para o futuro. Prevê a adopção de algumas medidas de mitigação das alterações climáticas.
> o GRAS pressupõe que a Europa incrementa a tendência de liberalização, desregularização e globalização dos mercados. Prevê a adaptação da sociedade às alterações do clima em detrimento da sua mitigação. As políticas de sustentabilidade são consideradas um sinónimo de crescimento económico.
> o SEDG pressupõe a integração de políticas ambientais, sociais, institucionais e económicas num contexto de sustentabilidade. É um cenário normativo que parte do pressuposto que as políticas são definidas com vista à obtenção de objectivos concretos.

Autor: David Germano
Descrição Habitat Distribuição Multimédia Sinonímias