Microtus rozianus
(Bocage, 1865)Trata-se de um rato que pode atingir os 12 cm de comprimento (cabeça + corpo), excluindo a cauda (2,8 a 4,6 cm). A cabeça é pequena e as orelhas são curtas e arredondadas. A pelagem é parda na zona dorsal e cinzenta-esbranquiçada na zona ventral. A cauda é curta.
Ocorre nas zonas húmidas de prados e pastagens, margens de rios, ou até em zonas florestais, em áreas com uma densa cobertura herbácea e pouco perturbadas por pastoreio.
Em Portugal continental ocorre, exclusivamente, no norte e centro-norte do território, tendo como limite sul a Serra da Gardunha. Está ausente das áreas mais quentes e secas a norte do Tejo.
> Poluição e uso de herbicidas
> Alterações climáticas (Verões mais secos)
> Redução do uso de herbicidas
> Preservação das zonas de orla e das áreas de cultivo tradicionais
Previsão do impacte das alterações climáticas sobre a área de distribuição potencial do Microtus rozianus na Península Ibérica, até ao ano de 2080 (clicar na imagem para ver em maior resolução).
O clima futuro foi caracterizado com base em três diferentes cenários de emissões (Araújo et al., 2012):
> o BAMBU tem como base a extrapolação das políticas europeias actuais para o futuro. Prevê a adopção de algumas medidas de mitigação das alterações climáticas.
> o GRAS pressupõe que a Europa incrementa a tendência de liberalização, desregularização e globalização dos mercados. Prevê a adaptação da sociedade às alterações do clima em detrimento da sua mitigação. As políticas de sustentabilidade são consideradas um sinónimo de crescimento económico.
> o SEDG pressupõe a integração de políticas ambientais, sociais, institucionais e económicas num contexto de sustentabilidade. É um cenário normativo que parte do pressuposto que as políticas são definidas com vista à obtenção de objectivos concretos.