ReinoAnimalia
FiloChordata
ClasseMammalia
OrdemCetacea
FamíliaDelphinidae
Género
Espécie

Stenella frontalis

G. Cuvier, 1829
Golfinho-pintado-do-Atlântico, Golfinho-malhado-do-Atlântico, Toninha-pintada
Estatuto de Conservação: DD - Informação Insuficiente
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Trata-se de um golfinho pequeno e relativamente robusto, que não ultrapassa os 2,3 m de comprimento máximo. O focinho é de tamanho médio e de aspecto robusto, geralmente branco na ponta. Testa estreita. Tem o dorso cinzento-escuro, enquanto que os flancos são cinzentos-claros com uma “pincelada” que quase toca a barbatana dorsal (característica que ajuda a distingui-lo da espécie congénere Stenella attenuata); o ventre é esbranquiçado. Uma das suas características mais marcantes é a existência de pintas ao longo do corpo. Estas estão ausentes quando nasce, mas vão aumentando em número e de forma progressiva, à medida que envelhece (a partir dos 2 anos). Ao atingir a idade adulta o corpo encontra-se coberto de pintas brancas na zona dorsal e pintas escuras nos flancos e na zona ventral. Os espécimenes pertencentes a populações que vivem em zonas oceânicas têm menos pintas que aqueles pertencentes a populações que ocorrem em águas mais costeiras. A barbatana dorsal é alta e curvada, em forma de meia-lua, e de cor escura, localizando-se no meio do dorso. O seu congénere, Stenella attenuata, com o qual se pode confundir, é menos robusto, tem um maior contraste entre a zona dorsal mais escura e a zona ventral mais clara, além de apresentar uma menor densidade de pintas. Também pode ser confundido com o Tursiops truncatus, no entanto, este último é muito maior e não apresenta pintas. O Stenella frontalis alimenta-se, sobretudo, de pequenos peixes e cefalópodes (e.g. lulas).

Trata-se de uma espécie endémica do oceano Atlântico. Ocorre, preferencialmente, em águas tropicais, apesar de viver também em águas temperadas. Sendo predominantemente oceânica, também pode ocorrer junto à plataforma continental, preferindo águas mais profundas.

Em Portugal ocorre com alguma frequência nas águas dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, durante o Verão. Também pode ser observado ao largo da plataforma continental, com alguns avistamentos esporádicos junto à linha de costa.

> Captura acidental em redes de pesca
> Lixo marinho (mortalidade associada à sua ingestão)
Clymene doris, Clymenia doris, C. fraenata, C. frontalis, Delphinus doris, D. fraenatus, D. frenatus, D. froenatus, D. frontalis, D. pernettensis, D. pernettyi, D. plagiodon, Prodelphinus doris, P. fraenatus, P. frenatus, P. froenatus, P. frontalis, P. obscurus, P. plagiodon, Stenella fontalis, S. fontolis, S. pernettensis, S. pernettyi, S. plagiodon, Tursio doris, T. fraenatus, T. frenatus
Mais sobre esta espécie nas ligações seguintes:
Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal Continental (2023)
Ficha do Stenella frontalis (pág. 204)
Espaço Talassa – A Base de observação de cetáceos dos Açores
Ficha de Stenella frontalis
Differences in spatial distribution of two small delphinids (Delphinus delphis and Stenella frontalis) in two islands of the Azores Archipelago
Fernandez et al. (2009)
A first assessment of operator compliance and dolphin behavioural responses during swim-with-dolphin programs for three species of Delphinids in the Azores
Cecchetti et al. (2019)
Seascape genetics of the Atlantic Spotted Dolphin (Stenella frontalis) based on mitochondrial DNA
do Amaral et al. (2021)
Interspecific interactions between short-beaked common, Atlantic spotted and striped dolphins in the Pico Island, Azores
Costa, L. R. (2022)
Autor: David Germano
Descrição Habitat Distribuição Multimédia Ameaças Sinonímias