Nymphalis polychloros
(Linnaeus, 1758)Trata-se de uma borboleta que atinge os 65 mm de envergadura. Asas de margens dentadas. A face superior com fundo cor-de-laranja, bordo marginal escuro e lúnulas azuis metalizadas, mais evidentes nas asas posteriores. As asas anteriores apresentam manchas negras dispersas, intercaladas com zonas amareladas; as asas posteriores têm uma mancha costal negra. A face inferior é variegada, com tonalidades acastanhadas, mimetizando a casca das árvores. A fêmea é maior que o macho. O corpo é escuro, entre o acastanhado e o esverdeado; olhos escuros, acastanhados. Antenas claviformes escuras, com uma pinta amarelada na extremidade do último segmento. Voa de Junho a Outubro. Lagarta negra e espinhosa (espinhos amarelados). A crisálida vai do esbranquiçado ao castanho. Ovos acastanhados e estriados (oito estrias). Espécie univoltina (uma geração).
Ocorre nas clareiras dos bosques de folhosas, orlas de bosques, bosques ribeirinhos, pradarias, pomares e jardins, até aos 1000 m de altitude. Para hospedeiras, recorre a diversas espécies arbóreas, tais como o ulmeiro (Ulmus spp.), o salgueiro (Salix spp.), o choupo (Populus spp.) ou outras plantas do género Prunus, das quais a lagarta se alimenta.
Em Portugal continental ocorre de uma forma muito dispersa, sendo frequente nas montanhas do centro e norte do território, e rara no sul do país.
> Utilização de agroquímicos (e.g. tratamento químico das cerejeiras)
> Recorrer ao controlo biológico na luta contra a mosca da cereja, evitando a utilização de agroquímicos