Echium rosulatum
LangeHemicriptófito. Planta herbácea, perene, que pode atingir 100 cm de altura. Caules: múltiplos, ascendentes ou decumbentes, com indumento duplo, de pelos grandes e curtos. Folhas: com indumento duplo, sedoso e híspido; as inferiores, mais largas, formam uma roseta; as caulinares são mais estreitas. Flores: rosa-carmim, púrpura-avermelhadas ou púrpura-azuladas, hermafroditas, agrupadas numa inflorescência escorpioide; corola zigomórfica, infundibuliforme, com dupla pubescência (pelos curtos e longos); cálice híspido com lobos lanceolados; androceu com 5 estames desiguais, dos quais 3 a 5 são exsertos; gineceu com ovário tetralobado, estilo mais longo que a corola, bífido. Frutos: núculas. Floresce de Maio a Outubro.
Observações: trata-se de uma planta entomogâmica e melífera.
Ocorre na orla de pinhais, assim como em bosques e matagais higrófilos, em comunidades nitrófilas na margem de cursos de água e noutros sítios húmidos; também em arribas litorais e nas bermas de caminhos. Preferencialmente, em substratos húmidos, mais ou menos nitrificados, sobre solos ácidos.
Distribui-se pelo noroeste da Península Ibérica. Em Portugal continental ocorre no norte, centro e sudoeste do território. No arquipélago das Berlengas ocorre a subespécie Echium rosulatum davaei, planta actualmente listada na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal continental, estando classificada pela IUCN como “Quase ameaçada” em Portugal.