Boyeria irene
Fonscolombe, 1838Trata-se de uma libélula de grande porte que pode atingir os 71 mm de comprimento total. O macho e a fêmea têm aparência similar. Caracteriza-se pelas marcas em padrão de camuflado militar, ao longo do tórax e abdómen. Essas marcas são esverdeadas no macho e acastanhadas na fêmea. O macho tem olhos verdes ou verde-azulados; a fêmea tem olhos acastanhados ou castanho-amarelados. Ambos têm patas acastanhadas. A fêmea pode apresentar duas formas: a typica, que se distingue pelos apêndices terminais (cercos e cercoides) muito longos, semelhantes aos do macho; e a brachycerca (mais comum) que tem os apêndices terminais curtos. Ambos os sexos têm asas transparentes com pterostigmas longos e acastanhados; as asas podem apresentar manchas apicais escuras, acastanhadas. Voa de Abril a Outubro.
Ocorre em sistemas lóticos (e.g. ribeiros, rios) com abundante vegetação nas margens. Demonstra preferência pelos troços sombrios dos cursos de água, onde se camufla facilmente entre a vegetação. Os adultos são crepusculares ou nocturnos.
Em Portugal continental distribui-se de um modo disperso, até aos 1000 m de altitude. Pode ser encontrada no centro e norte do território, assim como no extremo sul do país, parecendo estar ausente no interior do Alto e Baixo Alentejo.