Sympetrum meridionale
(Selys, 1841)Trata-se de uma libélula que não ultrapassa os 40 mm de comprimento. Olhos acastanhados na parte superior e amarelados na inferior; fronte avermelhada no macho e amarelada na fêmea. O macho tem o tórax castanho-avermelhado, podendo apresentar bandas amareladas, quase douradas. O abdómen é avermelhado com escassas marcas pretas na zona lateral, distribuídas ao longo dos segmentos. A fêmea é amarelada, tanto no tórax como no abdómen, no entanto, a zona ventral abdominal é mais pálida. Ambos os sexos têm asas transparentes sem mancha basal; os pterostigmas são vermelhos nos machos e amarelados nas fêmeas. As patas são quase integralmente amarelas, com linhas pretas muito finas. Voa de Junho a Outubro. Pode ser confundida com a congénere Sympetrum striolatum, no entanto, esta última é um pouco maior, ligeiramente mais escura, tem o corpo mais marcado e patas mais negras.
Ocorre tanto em sistemas lóticos como lênticos, demonstrando maior preferência por corpos de água temporários do que as espécies congéneres. Não obstante, pode ocorrer em corpos de água permanentes desde que esses tenham uma grande flutuação do seu nível de água.
Em Portugal continental está bem distribuída, até aos 700 metros de altitude, mas com populações localizadas. Parece demonstrar preferência pela metade oeste do território, sendo rara no interior.