Epidalea calamita
(Laurenti, 1768)Sapo robusto que pode chegar aos 9 cm de comprimento. A cabeça é larga e arredondada e o focinho curto; destacam-se os olhos grandes e salientes com pupilas elípticas horizontais e íris com tonalidades que variam entre o amarelo e o verde-limão, com pigmentação negra. As glândulas parótidas são evidentes e encontram-se dispostas paralelamente. Na zona dorsal a pele é verrugosa e de aspecto rugoso (verrugas acastanhadas ou alaranjadas), podendo apresentar diversas colorações, desde o amarelo-esverdeado ao pardo-alaranjado, com um padrão de manchas esverdeadas sobre um fundo mais claro; destaca-se a presença de uma característica risca amarelada ao longo do dorso; a zona ventral é esbranquiçada. Os membros são curtos e robustos.
Ocorre em zonas arenosas e de charneca. Depende exclusivamente de charcos temporários pouco profundos para a reprodução, voltando ao mesmo charco, todos os anos, para reproduzir-se. De actividade essencialmente nocturna e crepuscular, excepto na época de acasalamento.
Espécie comum em Portugal continental, distribui-se de uma forma constante do norte ao sul do país, com uma especial incidência no interior do território.
REGISTO DE OBSERVAÇÕES ENVIADAS PELOS UTILIZADORES DO MUSEU VIRTUAL DA BIODIVERSIDADE
> Atropelamentos
> Destruição/perturbação de indivíduos
> Introdução de espécies exóticas
> Poluição (agrícola, industrial e pecuária)
> Controlo/erradicação de espécies exóticas
> Implementação de projectos de translocação
> Controlo da poluição
Estima-se que esta espécie exista desde o Pleistocénico Superior.
Foram encontrados dois premaxilares, um pterigoides, uma vértebra pré sacral, quatro sacros, um coracóide e um illium, procedentes de Guia, Algarve.
Previsão do impacte das alterações climáticas sobre a área de distribuição potencial do Epidalea calamita na Península Ibérica, até ao ano de 2080 (clicar na imagem para ver em maior resolução).
O clima futuro foi caracterizado com base em três diferentes cenários de emissões (Araújo et al., 2012):
> o BAMBU tem como base a extrapolação das políticas europeias actuais para o futuro. Prevê a adopção de algumas medidas de mitigação das alterações climáticas.
> o GRAS pressupõe que a Europa incrementa a tendência de liberalização, desregularização e globalização dos mercados. Prevê a adaptação da sociedade às alterações do clima em detrimento da sua mitigação. As políticas de sustentabilidade são consideradas um sinónimo de crescimento económico.
> o SEDG pressupõe a integração de políticas ambientais, sociais, institucionais e económicas num contexto de sustentabilidade. É um cenário normativo que parte do pressuposto que as políticas são definidas com vista à obtenção de objectivos concretos.