Arvicola sapidus
Miller, 1908Trata-se de um rato de grande porte, que pode chegar aos 23 cm de comprimento (excluindo a cauda). A cabeça é relativamente larga. As orelhas são arredondadas e pequenas. Olhos negros e pequenos. O corpo é fusiforme, quase cilíndrico, coberto de uma espessa pelagem parda ou acastanhada. A cauda é cilíndrica e escura, não muito comprida. É um nadador ágil.
Ocorre junto a habitats aquáticos, nomeadamente nas margens de massas de água estáveis (e.g. albufeiras, pequenas barragens), de cursos de água com pouca corrente (e.g. pequenos ribeiros) ou até de charcos, onde a vegetação ripícola tenha alguma densidade e o solo seja propício à escavação de túneis e galerias, cujo acesso pode ser debaixo de água.
Acredita-se que esta espécie esteja dispersa ao longo de todo o território de Portugal continental, ainda que de uma forma descontínua. Parece ser comum nas regiões onde tem sido detectada. Ainda assim, a sua distribuição a nível nacional carece de algum conhecimento.
> Alterações climáticas (aumento da severidade e duração dos períodos de seca)
> Competição com outras espécies (e.g. ratazana-castanha)
> Predação por espécies exóticas invasoras (e.g. visão-americano)
> Prevenção do uso de rodenticidas
> Erradicação do visão-americano
> Aumento da investigação sobre a espécie (e.g. mapeamento de populações e monitorização da tendência populacional)
Previsão do impacte das alterações climáticas sobre a área de distribuição potencial do Arvicola sapidus na Península Ibérica, até ao ano de 2080 (clicar na imagem para ver em maior resolução).
O clima futuro foi caracterizado com base em três diferentes cenários de emissões (Araújo et al., 2012):
> o BAMBU tem como base a extrapolação das políticas europeias actuais para o futuro. Prevê a adopção de algumas medidas de mitigação das alterações climáticas.
> o GRAS pressupõe que a Europa incrementa a tendência de liberalização, desregularização e globalização dos mercados. Prevê a adaptação da sociedade às alterações do clima em detrimento da sua mitigação. As políticas de sustentabilidade são consideradas um sinónimo de crescimento económico.
> o SEDG pressupõe a integração de políticas ambientais, sociais, institucionais e económicas num contexto de sustentabilidade. É um cenário normativo que parte do pressuposto que as políticas são definidas com vista à obtenção de objectivos concretos.