ReinoAnimalia
FiloChordata
ClasseMammalia
OrdemRodentia
FamíliaCricetidae
Género
Espécie

Microtus lusitanicus

(Gerbe, 1879)
Rato-cego, Rato-toupeira
Estatuto de Conservação: LC - Pouco Preocupante
Impacte das Alterações Climáticas sobre a espécie
Saber mais

Trata-se de um rato de pequenas dimensões, que não ultrapassa os 10,5 cm de comprimento. A cabeça é grande em comparação com o corpo e tem um formato arredondado; os olhos são pequenos, tal como as orelhas, estas últimas pouco perceptíveis. Corpo cilíndrico revestido de uma pelagem densa e macia, de cor parda a acinzentada; a zona dorsal é mais escura que a ventral. A cauda é curta.

Ocorre numa grande variedade de habitats, tais como prados, pastagens, campos de cultivo, terrenos agrícolas ou até relvados de jardins urbanos, desde que exista uma boa cobertura herbácea e que os solos sejam macios e húmidos para lhe permitir a construção de galerias subterrâneas.

Espécie endémica da Península Ibérica. Em Portugal continental distribui-se, sobretudo, a norte do rio Tejo, sendo comum no norte e no centro do território. Apesar de ser menos comum, também ocorre a sul do Tejo, nomeadamente na Serra de São Mamede e em áreas adjacentes aos estuários do Tejo e do Sado, e mais a sul, na Serra de Monchique.

Onde se pode encontrar:
Arvicola lusitanicus, Microtus mariae, Pitymys depressus, P. lusitanicus, P. mariae hurdanensis, P. pelandonius
Mais sobre esta espécie nas ligações seguintes:
Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal Continental (2023)
Ficha do Microtus lusitanicus (pág. 158)
Previsão da distribuição da espécie no futuro
Iberia Change | Biodiversidade e Alterações Climáticas na Península Ibérica: Mapa da espécie
Factors influencing the distribution of the lusitanian and the mediterranean pine voles (Microtus lusitanicus and M. duodecimcostatus) in Portugal: a multiscale approach
Santos (2009)
Local coexistence and niche differences between the Lusitanian and Mediterranean pine voles (Microtus lusitanicus and M. duodecimcostatus)
Santos, Mathias & Mira (2010)
Colony social structure and burrow architecture of the Lusitanian pine vole, Microtus lusitanicus (Gerbe, 1879)
Resende (2019)

Previsão do impacte das alterações climáticas sobre a área de distribuição potencial do Microtus lusitanicus na Península Ibérica, até ao ano de 2080 (clicar na imagem para ver em maior resolução).

O clima futuro foi caracterizado com base em três diferentes cenários de emissões (Araújo et al., 2012):
> o BAMBU tem como base a extrapolação das políticas europeias actuais para o futuro. Prevê a adopção de algumas medidas de mitigação das alterações climáticas.
> o GRAS pressupõe que a Europa incrementa a tendência de liberalização, desregularização e globalização dos mercados. Prevê a adaptação da sociedade às alterações do clima em detrimento da sua mitigação. As políticas de sustentabilidade são consideradas um sinónimo de crescimento económico.
> o SEDG pressupõe a integração de políticas ambientais, sociais, institucionais e económicas num contexto de sustentabilidade. É um cenário normativo que parte do pressuposto que as políticas são definidas com vista à obtenção de objectivos concretos.

Autor: David Germano
Descrição Habitat Distribuição Multimédia Sinonímias