Motacilla alba
Linnaeus, 1758Ave pequena (até 19 cm de comprimento) e elegante, de cauda preta, comprida e estreita, a qual abana constantemente. As patas são pretas, relativamente longas e bem visíveis. Apresenta um ligeiro dimorfismo sexual: o macho exibe coroa e nuca pretas, claramente separadas do manto cinza; as faces, o peito e o abdómen são brancos; fronte branca; e um babete preto-carvão, do bico até ao peito. Tanto as barras alares como as orlas das remiges terciárias são brancas. A fêmea é similar ao macho, mas com coroa e nuca acinzentadas, sem uma separação nítida para o dorso. Nos juvenis, a zona lateral da coroa é escura, enquanto que a mancha do peito e as barras alares são acinzentadas.
Trata-se de uma ave insectívora que ocorre numa grande variedade de habitats, húmidos ou secos, não arborizados, preferencialmente em margens de rios, ribeiros, zonas rochosas ou arenosas, terrenos lavrados, parques ou jardins. Nidifica com frequência em construções humanas (e.g. cavidades em habitações rurais, pontes, ruínas ou muros), mas também em descampados.
Em Portugal continental distribui-se do norte ao sul, ao longo de todo o território. Ainda assim, é mais comum na metade norte do país, onde está presente durante todo o ano. Na época do Outono-Inverno (Outubro a Março) a população aumenta com a chegada das invernantes, tornando-se bastante comum no resto do território.