Amanita ponderosa
Malençon & R. HeimChapéu: hemisférico enquanto jovem, evoluindo para convexo a plano à medida que amadurece; 8 a 13 cm, primeiro branco, passando a uma tonalidade ocre-rosada ou castanho-avermelhada quando maduro, cutícula lisa e mate; margem lisa. Himénio: lâminas livres, brancas enquanto jovem e cremes quando maduro; esporada branca. Pé: 4 a 10 cm x 2 a 4 cm, branco ou ligeiramente rosado, ligeiramente floculoso, bolboso na base; anel muito fugaz, descendente e simples, membranoso e liso, de cor branca. Volva: saciforme, persistente, membranosa e espessa, branca, mas sempre manchada de terra. A carne oxida quando pressionada/cortada e exposta ao ar, adquirindo um tom rosado bastante característico; textura fibrosa.
Nota: apresenta um odor a terra, muito característico. Perigo de confusão com Amanita verna (espécie tóxica mortal), que não tem odor a terra nem oxida em contacto com o ar (a carne permanece branca, imutável). Pode também confundir-se com Amanita curtipes, espécie de menores dimensões e que frutifica no Outono.
Trata-se de uma espécie micorrízica, pouco frequente, fortemente associada a bosques mediterrânicos de sobro ou azinho (sobreirais ou azinhais) e montados, muitas vezes em associação com estevas (Cistus ladanifer). Frutifica na Primavera.
Distribui-se, maioritariamente, pelo sul da Península Ibérica e pelo norte de Marrocos. Em Portugal continental é mais frequente no interior centro e sul do território, podendo ser muito comum nalgumas zonas aí localizadas (e.g. Serra de Portel).
> Destruição das plantas hospedeiras (desmatação dos estevais)
> Mobilização excessiva do solo